• Post detail
  • UMA MULHER BISSAU-GUINESA É UMA ESTRELA DE FUTEBOL NA BOLÍVIA
angle-left UMA MULHER BISSAU-GUINESA É UMA ESTRELA DE FUTEBOL NA BOLÍVIA

UMA MULHER BISSAU-GUINESA É UMA ESTRELA DE FUTEBOL NA BOLÍVIA

MARIATU CANDÉ FOI COROADO CAMPEÃO COM SEU CLUBE, MUNDO FUTURO PETROLEIRO.

03 nov 2019 - 00:00:00
Mariatu Candé é uma jovem guineense que decidiu desafiar seus pais, as regras da religião muçulmana e se aventurar no mundo do futebol profissional na Bolívia, onde finalmente conquistou o título com seu clube, o Mundo Futuro Petroleiro. Em declarações à Lusa, a agência noticiosa portuguesa, por telefone de Santa Cruz, Bolívia, Mariatu Candé, de 24 anos, conhecida na Guiné-Bissau como Lampard, disse que quotama desporto, adorava futebol e era cabeça-duraquot. contra a vontade de sua mãe, que queria que ela estudasse em vez de correr pelos campos depois do baile. Além disso, a religião muçulmana não valoriza a prática do futebol pelas mulheres. Mariatu Candé disse à Lusa que desde cedo na ilha de Bolama, onde nasceu, em 1995, sempre tocou com meninos e meninas “sem ouvir a atenção dos familiares”. Bissau. , para onde se mudou com a mãe e a seleção guineense. Focada no futebol profissional, quotpor diversão, para ganhar dinheiro e ajudar a mãe a sair da pobrezaquot, Mariatu embarcou numa autêntica aventura aos 16 anos para tentar a sorte na Guiné-Conakry. , Argélia, Brasil até chegar à Bolívia há cinco anos. No caminho, Mariatu contou que conheceu quotmuita gente séria, mas também um empresário sem importânciaquot que lhe prometeu um clube no Brasil - onde acabou ficando dois dias - quando na verdade o destino, que ela não conhecia ela mesma, era um clube na cidade. Bolívia Único guineense a jogar futebol neste país sul-americano, Mariatu não se desesperou. Queria jogar futebol profissional no Brasil ou na Bolívia sem estar sob as asas de um empresário, disse à Lusa. Na Bolívia, conheceu apenas uma vez um guineense, com quem superou a saudade que continua a apertar cada vez que se lembra dos amigos e familiares, especialmente da mãe com quem conversa diariamente, disse. Tenho muitas saudades, mas Mariatu está “muito orgulhosa” de levar o nome da Guiné-Bissau, embora lamente “as constantes greves nas escolas públicas e as guerras entre políticos”. Mariatu não se arrepende de não ter seguido os desejos da mãe, pois conseguiu construir uma “boa casa” em Bissau para o pai de quem se orgulha. As meninas guineenses que querem seguir o futebol como profissão pedem que sigam seus corações. quotSiga o seu coração, se você realmente ama este esporte, porque se você ganhar pão amanhã, sua família vai consumir mais de 80%. Treine, lute e siga em frentequot, disse o jogador guineense, lembrando que se tratava da própria mãe que agora reconhece o mérito de seguir seu sonho de infância. Campeão boliviano, o clube de Mariatu disputará no ano que vem a Copa Libertadores Americana na categoria feminina. A guineense espera cumprir o contrato de um ano e meio com o atual clube e depois pensar no que vai fazer da vida. Quando se aposentou do futebol, ele disse que estava considerando uma carreira como anfitrião, pois gosta de viajar e conhecer pessoas. Questionada sobre a sua resposta caso seja chamada a representar a seleção guineense de futebol, Mariatu Candé disse que aceitaria orgulhosamente defender a bandeira de um país que trocaria por nada no mundo. Fonte: //Lusa (Agência Portuguesa de Imprensa) //Sports.sapo.cv
10